quarta-feira, 28 de setembro de 2011

ATMOSFERA


É a camada gasosa que envolve e acompanha a Terra em seus movimentos. Embora a sua altitude possa alcançar 600 Km ou mais, a quase-totalidade dos gases e os principais fenômenos atmosféricos (nuvens, chuvas etc.) ocorrem em altitudes inferiores a 80 Km (maioria dos gases) e a 20 Km (fenômenos atmosféricos).

-          UMIDADE ATMOSFÉRICA

ATMOSFERA

Umidade atmosférica é a presença do vapor de água na atmosfera. Sua avaliação é feita da seguinte maneira:

Umidade absoluta. É a quantidade de vapor de água existente na atmosfera em um dado momento. A quantidade é expressa em gramas (de vapor) por metro cúbico.

Umidade relativa. É a relação entre a umidade absoluta e o ponto de saturação. É expressa em porcentagem, sendo que, quando a umidade relativa for 100%, a atmosfera estará saturada.

Ponto de saturação. É a capacidade máxima da atmosfera em conter vapor de água.

-          PRESSÃO ATMOSFÉRICA

Como a massa atmosférica é atraída pela força de gravidade da Terra, ela exerce um determinado peso sobre a superfície terrestre. A esse peso denominamos pressão atmosférica. Assim como a temperatura, a pressão atmosférica também varia em função de fatores, como:

Altitude. Quanto menor for a altitude, maior será o volume de gases e, conseqüentemente, mais alta a pressão atmosférica. Ao contrário, quanto maior for a altitude, menor será o volume de gases (ar mais rarefeito) e, conseqüentemente, mais baixa a pressão atmosférica. Portanto, a pressão atmosférica diminui com o aumento da altitude.

Temperatura. A elevação da temperatura provoca dilatação do ar e conseqüente diminuição da pressão atmosférica, ao passo que a diminuição da temperatura acarreta maior compressão do ar, tornando-o mais pesado. Assim, a pressão atmosférica diminui com o aumento da temperatura. As regiões polares são centros de altas pressões e as regiões equatoriais, centros de baixas pressões.

- AGENTES FORMADORES E MODIFICADORES DO RELEVO


            A superfície da Crosta Terrestre é muito desigual. Estas desigualdades constituem o relevo terrestre, que tem como principais formas as montanhas, os planaltos, as planícies e as depressões.
            O relevo que observamos hoje foi formado em conseqüência da ação das forças internas do tectônismo e do vulcanismo e continua sendo modificado a cada minuto pelos agentes externos (rios, ventos, chuvas, etc.), sem que nos apercebamos disso. Somente modificações  mais bruscas, como as trazidas por abalos sísmicos, vulcanismos ou atuação de agentes externos mais fortes, são percebidas por nós.
            Dessa forma, o relevo de uma região é o resultado combinado das forças internas (endógenas) e externas (exógenas), que são presentes na Terra, desde que começou a solidificação da Crosta Terrestre. As internas construindo e as externas modificando.

Tectonismo. Forças oriundas do interior da Terra, que atual de forma lenta e prolongada. Quando exercidas verticalmente (epirogênese), provocam soerguimentos, rebaixamentos e fraturas na crosta terrestre; quando exercidas horizontalmente (orogênese), provocam dobramentos ou enrugamentos da superfície terrestre.

Vulcanismo. Atividade pela qual o material magmático é expulso da parte interna para  a parte externa da Terra. Pode formar montanhas ou relevos vulcânicos, ilhas vulcânicas etc.

Abalos sísmicos. Vibrações (tremores) que ocorrem nas camadas de rochas da crosta terrestre geralmente provocadas por tectonismo e vulcanismo. Seus efeitos podem ser de grande ou pequenas proporções, dependendo da intensidade e do tipo de área (habitada ou não) em que se manifestam.

Águas correntes. Um dos mais importantes agentes do relevo. Além das enxurradas, temos os rios, que realizam diversos trabalhos, como escavamento do leito, transporte e acumulação de sedimentos etc.

Ventos. Também realiza importante trabalho de erosão do relevo terrestre, além de transportar e acumular sedimentos originando solos, dunas etc.

Ação do mar. Sua influência é muito grande no contato permanente com os continentes. As águas do mar modelam ou modificam as regiões costeiras, originando falésias e retificando o litoral, além de formar praias e restingas, por exemplo, através do trabalho de acumulação.

            O relevo terrestre é, portanto, o resultado do incessante trabalho realizado pelos chamados agentes do relevo.

quinta-feira, 30 de junho de 2011

OS SOLOS

Do ponto de vista agrícola, o solo é a camada superficial da crosta terrestre resultante da ação do intemperismo. Na formação do solo podemos considerar duas etapas: 1°) a desintegração e decomposição das rochas, originando os elementos minerais; 2°) a incorporação de organismos animais e vegetais, originando os componentes orgânicos (húmus).
Diversos fatores atuam na formação dos solos: temperatura, chuva, vento, cobertura vegetal, tipo de rocha matriz etc.

Composição e fertilidade do solo


            Os componentes fundamentais do solo são os elementos e partículas minerais (potássio, fósforo, areia, argila etc.), a matéria orgânica ou húmus, a água e o ar, muito importante nas trocas gasosas.
            Quanto a fertilidade dos solos, pode-se afirmar que “solo fértil é solo rico em nutrientes”, ou seja, quanto maior a quantidade e a variedade de nutrientes tanto maior a fertilidade do solo.
            Apesar disso, é importante lembrar que cada planta tem suas próprias exigências, isto é, o tipo e a proporção de nutrientes variam de planta para planta. Por exemplo: para uma mesma quantidade de produção, o algodão consome mais nitrogênio que o café; o café, por sua vez, consome mais potássio que nitrogênio.

Erosão e conservação dos solos


            Erosão é o desgaste ou o transporte do solo de seus componentes. Os principais agentes da erosão são a chuva e as enxurradas, o vento e também o homem.
            Em países tropicais como o Brasil, a intensidade, o volume e a concentração de chuvas durante o verão acarretam um processo erosivo violento nos solos.

Milhões de toneladas de terra (solo) são arrastados anualmente, exigindo em conseqüência elevados gastos em fertilizantes químicos para compensar a perda da fertilidade natural.
            Além da erosão natural há também a não menos importante erosão provocada pelo homem, quer em conseqüência da não-adoção de técnicas apropriadas quer pela utilização de técnicas rudimentares de cultivo.
            No Brasil, bem como nos demais países subdesenvolvidos, é muito pequeno e até mesmo desprezível o emprego de técnicas conservacionistas do solo, como terraceamento, curvas de nível, rotação de culturas, adubação correta e adequada dos solos, reflorestamento, proteção de encostas etc.
            Em vista disso, as conseqüências são as piores possíveis: baixa produtividade, baixa qualidade dos produtos, maior incidência de pragas agrícolas, agricultura não-competitiva, rotação constante de terras etc.

sábado, 11 de junho de 2011

ROCHAS


            Existem três tipos de rochas, de acordo com a sua origem:

 - Magmáticas ou ígneas:
Resultaram da solidificação do magma pastoso. São as rochas mais antigas do nosso planeta e constituem o embasamento rochoso (escudo) dos  continentes.
Podem ser divididas em:
® Intrusivas ou plutônicas:
            Foram solidificadas lentamente a grandes profundidades.
            Ex: granito.

            ® Extrusivas ou vulcânicas:
                        Foram solidificadas na superfície, após virem para fora expelidas por movimentos vulcânicos.
Ex: basalto.

- Sedimentares:
Podem ser divididas em:

 ® Detríticas ou clásticas ou mecânicas:
            São originadas nos efeitos da erosão sobre outras rochas. Assim, os agentes erosivos vão  desgastando as rochas e transformando-as em detritos denominados sedimentos. Estes sedimentos depositados e acumulados dão origem a este tipo de rocha.
Ex: areia, carvalho, barro.

® Orgânicas:
            Ocorrem por deposição de restos de animais e vegetais durante muitos anos.
Ex: calcário e carvão mineral.
           
® Químicas:
            Quando a deposição ocorre através de um processo químico como a dissolução e posterior precipitação.
Ex: estalactite e estalagmite.

- Metamórficas:
            São rochas que resultaram da transformação das magmáticas e sedimentares devido à alta temperatura e alta pressão. Assim o calcário transformou-se em mármore e o granito em gnaisse.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

ESTRUTURA GEOLÓGICA

- Escudos Antigos:
            São as zonas mais antigas e solidificadas da Crosta Terrestre e constituíram a base de sustentação de todas as outras formações.
- Cadeias Recentes:
            Resultaram de dobramentos na era Terciária; são jovens, pouco desgastados pela erosão, constituindo as áreas mais altas da Terra. 
Ex: Andes, Alpes, Himalaia e Rochosas.

- Bacias Sedimentares:
            Foram formadas com sedimentos depositados nas partes mais baixas dos escudos, ocupadas anteriormente pelas águas em pequenos mares interiores. Estes sedimentos foram trazidos pelos agentes externos  (ventos, chuva, rio etc.) das partes mais dos  velhos escudos.

ESTRUTURA DA TERRA

A partir da superfície, em direção ao interior, a Terra apresenta as seguintes porções ou camadas: (Observar a figura 1)
F.1 - Estrutura da Terra
a)      Crosta terrestre ou litosfera. É a parte externa da Terra. Sua espessura é de 50 a 60 Km e está dividida em: sial (porção mais externa, correspondente ao solo e subsolo) e sima (porção interna da crosta terrestre), onde predominam o silício (Si) e o magnésio (Ma).
b)  Magma. Vasta porção do interior da Terra (mais ou menos 6.300Km), subdividida em: manto (1.200 Km de espessura), camada intermediária (1.700 Km de espessura) e núcleo ou nife, com3.400Km de espessura,  temperaturas muito elevadas (mais de 4.000°C) e predomínio de níquel (Ni) e ferro (Fe).

quarta-feira, 18 de maio de 2011

ESFERA TERRESTRE E OS MOVIMENTOS DA TERRA

1.      A TERRA

Ocupando uma posição média, em relação aos outros planetas, na distância do Sol, do qual recebe luz e calor, tem a Terra dimensões relativamente pequenas, uma vez que seu raio médio é de apenas 6.371 quilômetros, uma insignificância se compararmos com as dimensões dos outros planetas que gravitam em torno daquele astro, o Sol.
Quanto a forma, é sabido que não se trata duma esfera perfeita. Segundo medições recentes, executadas por satélites, existe um pequeno achatamento nas regiões polares e ao abaulamento que ocorre na linha do Equador. O nome que se dá à forma do nosso planeta é geóide ou elipsóide.(Figura 1.)
A idade da Terra é calculada entre 4,5 e 5 bilhões de anos, sendo que, uma das hipóteses mais aceitas entre os cientistas é que após um longo período de resfriamento, transformou-se de uma massa ou nuvem gasosa aquecida em um planeta todo de ar, água, rochas, minerais e solo, isto é, de todas as condições que tornam possível a existência da vida.
Sabemos porém, que a existência desses elementos e da vida em particular só se tornou possível graças a presença de um outro astro, que comanda todo o sistema: o Sol. É dele que provêm a energia e o equilíbrio necessários para manter a Terra em funcionamento:  movimentos de rotação e translação, dias e noites, estações do ano, chuva, vento, mares, vegetação etc.
FIGURA 1. Forma da Terra reduzida das observações mais recentes dos satélites.
1.1.  Os movimentos da Terra

A Terra executa vários movimentos, sendo que os mais importantes para nossa sobrevivência são: rotação e translação.



Rotação

É o movimento que a Terra realiza em torno de si mesma ou de um eixo imaginário que passa pelos seus pólos. A duração desse movimento é de 24 horas, ou, mais precisamente, 23 horas, 56 minutos, e sua velocidade é de 1.666 Km/h na altura do Equador. Nos pólos a velocidade é nula.
Apesar disso e da própria sucessão dos dias e das noites, temos a impressão, no entanto, de que a Terra está parada e que o Sol está girando ao redor dela. Na realidade, porém, a Terra está em movimento e girando sobre si mesma diante do Sol, o que possibilita a ocorrência dos dias e das noites.
A importância e as conseqüências da rotação terrestre são:

·         A sucessão dos dias e das noites e a conseqüente influência na organização da vida ou do dia-a-dia das pessoas (jornada de trabalho, negócios etc.).
·         Ela interfere na circulação atmosférica e no movimento das correntes marítimas.
·         Com base na rotação terrestre foram criadas a horas e os fusos horários, de grande importância na organização da vida e das atividades humanas.

Translação

É o movimento que a Terra (bem como os demais planetas) executa ao redor do Sol. A trajetória (caminho) percorrida chama-se órbita e tem forma ligeiramente oval, ou seja, elíptica.
Essa órbita mede cerca de 930 milhões de quilômetros e é percorrida pela Terra em 365 dias e 6 horas (ou mais precisamente, 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos), a uma velocidade média de 29,9 Km/s.
A principal importância do movimento de translação é a ocorrência das estações do ano, períodos durante os quais, dependendo da posição da Terra em relação ao Sol, os hemisférios norte e sul da Terra poderão ser  igual ou desigualmente iluminados. (Figura 2.)

Por que existem as estações do ano? Elas existem por duas razões:

1ª) Os planos do Equador e da órbita terrestre não coincidem, resultando numa inclinação da ordem de 23° 27’. Podemos dizer também que o eixo imaginário da Terra está inclinado em relação ao plano da eclíptica.

2ª) Durante a translação, a Terra ocupa diferentes posições em relação ao Sol. Se os planos do Equador e da eclíptica fossem coincidentes e se a Terra permanecesse sempre na mesma posição (digamos, perpendicular ao Sol), não haveria as quatro estações do ano, ou seja, se o Sol incidisse o ano todo na altura do Equador, os hemisférios norte e sul da Terra receberia sempre a mesma quantidade de iluminação.

Só há duas ocasiões em que os dois hemisférios são igualmente iluminados: nos dias 21 de março e 23 de setembro, chamados equinócios (noites e dias iguais), épocas em que o Sol incide perpendicularmente no Equador, propiciando igual insolação nos dois hemisférios. Fora essas datas, a Terra mantém-se sempre inclinada em relação ao plano da sua órbita.
Figura 2. Os raios solares ao incidirem, perpendicularmente, à altura do Trópico de Capricórnio, provocam, ao norte, o inverno e ao sul, o verão.