quarta-feira, 18 de maio de 2011

ESFERA TERRESTRE E OS MOVIMENTOS DA TERRA

1.      A TERRA

Ocupando uma posição média, em relação aos outros planetas, na distância do Sol, do qual recebe luz e calor, tem a Terra dimensões relativamente pequenas, uma vez que seu raio médio é de apenas 6.371 quilômetros, uma insignificância se compararmos com as dimensões dos outros planetas que gravitam em torno daquele astro, o Sol.
Quanto a forma, é sabido que não se trata duma esfera perfeita. Segundo medições recentes, executadas por satélites, existe um pequeno achatamento nas regiões polares e ao abaulamento que ocorre na linha do Equador. O nome que se dá à forma do nosso planeta é geóide ou elipsóide.(Figura 1.)
A idade da Terra é calculada entre 4,5 e 5 bilhões de anos, sendo que, uma das hipóteses mais aceitas entre os cientistas é que após um longo período de resfriamento, transformou-se de uma massa ou nuvem gasosa aquecida em um planeta todo de ar, água, rochas, minerais e solo, isto é, de todas as condições que tornam possível a existência da vida.
Sabemos porém, que a existência desses elementos e da vida em particular só se tornou possível graças a presença de um outro astro, que comanda todo o sistema: o Sol. É dele que provêm a energia e o equilíbrio necessários para manter a Terra em funcionamento:  movimentos de rotação e translação, dias e noites, estações do ano, chuva, vento, mares, vegetação etc.
FIGURA 1. Forma da Terra reduzida das observações mais recentes dos satélites.
1.1.  Os movimentos da Terra

A Terra executa vários movimentos, sendo que os mais importantes para nossa sobrevivência são: rotação e translação.



Rotação

É o movimento que a Terra realiza em torno de si mesma ou de um eixo imaginário que passa pelos seus pólos. A duração desse movimento é de 24 horas, ou, mais precisamente, 23 horas, 56 minutos, e sua velocidade é de 1.666 Km/h na altura do Equador. Nos pólos a velocidade é nula.
Apesar disso e da própria sucessão dos dias e das noites, temos a impressão, no entanto, de que a Terra está parada e que o Sol está girando ao redor dela. Na realidade, porém, a Terra está em movimento e girando sobre si mesma diante do Sol, o que possibilita a ocorrência dos dias e das noites.
A importância e as conseqüências da rotação terrestre são:

·         A sucessão dos dias e das noites e a conseqüente influência na organização da vida ou do dia-a-dia das pessoas (jornada de trabalho, negócios etc.).
·         Ela interfere na circulação atmosférica e no movimento das correntes marítimas.
·         Com base na rotação terrestre foram criadas a horas e os fusos horários, de grande importância na organização da vida e das atividades humanas.

Translação

É o movimento que a Terra (bem como os demais planetas) executa ao redor do Sol. A trajetória (caminho) percorrida chama-se órbita e tem forma ligeiramente oval, ou seja, elíptica.
Essa órbita mede cerca de 930 milhões de quilômetros e é percorrida pela Terra em 365 dias e 6 horas (ou mais precisamente, 365 dias, 5 horas, 48 minutos e 48 segundos), a uma velocidade média de 29,9 Km/s.
A principal importância do movimento de translação é a ocorrência das estações do ano, períodos durante os quais, dependendo da posição da Terra em relação ao Sol, os hemisférios norte e sul da Terra poderão ser  igual ou desigualmente iluminados. (Figura 2.)

Por que existem as estações do ano? Elas existem por duas razões:

1ª) Os planos do Equador e da órbita terrestre não coincidem, resultando numa inclinação da ordem de 23° 27’. Podemos dizer também que o eixo imaginário da Terra está inclinado em relação ao plano da eclíptica.

2ª) Durante a translação, a Terra ocupa diferentes posições em relação ao Sol. Se os planos do Equador e da eclíptica fossem coincidentes e se a Terra permanecesse sempre na mesma posição (digamos, perpendicular ao Sol), não haveria as quatro estações do ano, ou seja, se o Sol incidisse o ano todo na altura do Equador, os hemisférios norte e sul da Terra receberia sempre a mesma quantidade de iluminação.

Só há duas ocasiões em que os dois hemisférios são igualmente iluminados: nos dias 21 de março e 23 de setembro, chamados equinócios (noites e dias iguais), épocas em que o Sol incide perpendicularmente no Equador, propiciando igual insolação nos dois hemisférios. Fora essas datas, a Terra mantém-se sempre inclinada em relação ao plano da sua órbita.
Figura 2. Os raios solares ao incidirem, perpendicularmente, à altura do Trópico de Capricórnio, provocam, ao norte, o inverno e ao sul, o verão.

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